Confira outros tópicos da entrevista coletiva de Fernando Diniz após Palmeiras 3 x 0 Vasco
Quarta-feira, 01/10/2025 - 22:41
O técnico Fernando Diniz criticou a atuação do Vasco na derrota por 3 a 0 contra o Palmeiras, nesta quarta-feira, no Allianz Parque. A equipe sofreu três gols de maneira rápida no primeiro tempo do jogo, e o treinador analisou que o time teve descuidos na marcação, ao sofrer gols em jogadas que haviam sido estudadas pela comissão técnica.

— Fizemos um primeiro tempo muito ruim na marcação. Eles souberam aproveitar. Na verdade, eles tiveram três chances e fizeram gols nas três primeiras chances. Tivemos descuidos. A ideia era deixar o jogo mais lento, não oferecer transição, não dar o meio de campo e a profundidade. Nós tomamos dois gols assim. O segundo gol estávamos com a bola, aceleramos, até achei falta pelo critério dele no jogo, mas sofremos o gol.

— O time não jogou mal no primeiro tempo, faltou ser mais agressivo. Não foi surpresa. Nós tomamos os gols que tínhamos estudado.

Diniz reconhece "descuidos graves" na marcação do Vasco contra o Palmeiras: "A gente fez um primeiro tempo muito ruim"


A derrota para o Palmeiras quebrou a invencibilidade do Vasco que já durava sete partidas. Ao ser perguntado sobre o que fazer para a equipe não se abalar, o treinador descartou qualquer possibilidade de abalo psicológico e disse que o time "tem que ficar com raiva e aprender com o erro".

— É uma coisa fácil não se abalar. O time teve uma resposta no segundo tempo. Já começou a reagir. Vamos trabalhar bastante para melhorar contra o Vitória. Não temos nem tempo para ficar abalados. Temos é que ficar com raiva, de fazer o que fez. Não tem chance de se abalar. Tem que ter raiva e aprender a não fazer (erros). Fizemos sete jogos jogando bem. Houve uma certa acomodação, que levou a uma certa apatia, que todo mundo percebeu, e levou 3 a 0 no primeiro tempo. O time já começou a reagir no segundo tempo.

Ele também explicou a apatia do Vasco na primeira etapa:

— Eu acho que no primeiro tempo, o torcedor tem razão (sobre apatia). Eu acho que a gente teve uma certa apatia, uma diferença de intensidade. E por isso que a gente tomou os gols que a gente tomou. No segundo tempo a gente melhorou nosso estado. Foi um jogo mais equilibrado. O Palmeiras teve chance de fazer mais gols, a gente teve chance de fazer gols. Não fomos brilhantes em nenhum momento do jogo. No segundo tempo, teve pelo menos duas chances muito claras de fazer um gol.



Diniz apostou em Oliveira na defesa do Vasco para a vaga de Carlos Cuesta, desfalque por lesão. Ele foi um dos piores em campo na partida contra o Palmeiras e foi vaiado por parte dos torcedores vascaínos que estavam no Allianz Parque. O técnico disse que o zagueiro vinha aproveitando as oportunidades e merecia a vaga entre os titulares.

— Faz parte da vida do jogador. Ele tem que saber absorver e ele vai saber absorver. Ele veio ganhando essa condição nos treinamentos e, embora ele não tenha começado uma partida desde fevereiro, ele jogou praticamente uma partida inteira contra o Flamengo no Maracanã. Um jogo muito duro, marcando jogadores extremamente rápidos. Ele ficava mano a mano com o Bruno Henrique muitas vezes. Recebeu cartão amarelo no primeiro tempo e conseguiu fazer um jogo muito bom.

— As outras partidas em que ele entrou durante o jogo, ele foi muito bem e merecia a chance de começar um jogo. Agora é saber absorver as críticas da torcida e está tudo certo. Torcedor tem que vaiar mesmo e está tudo bem. O Lucas é um menino muito forte.

Outra decisão de Diniz foi manter Vegetti no time, em meio a questionamentos da torcida do Vasco sobre a titularidade dele. O treinador disse que o oscilação está vivendo uma oscilação por não fazer gols, mas que o atacante tem ajudado de forma tática.

— Toda coletiva tem uma pergunta sobre o Vegetti. Eu tenho que vir preparado. Uma hora ele vai fazer gol. Hoje ele teve chance no primeiro tempo. Ele cabeceou, teve presença. Teve uma bola que ele colocou o pé, ele se jogou, e quase que fez o gol também.

— O forte do Vegetti todo mundo sabe, ele é um goleador, que a bola precisa chegar em boas condições para ele marcar. Quando a gente tem um volume maior de chegadas mais limpas, com cruzamentos principalmente, ele vai ter mais chances de fazer o gol. Quando ele não faz gol, tem uma função tática muito importante. Tem espírito de liderança. É um dos grandes líderes da equipe. Há dois meses. Todo mundo passa por isso, o Hulk passa também.

O Vasco enfrenta o Vitória no próximo domingo, às 16h, em São Januário. A partida é válida pela 27ª rodada do Brasileirão.

Veja outras respostas de Diniz

Jogo contra o Vitória

— A gente não vira a chave por conta de o Vitória jogar diferente taticamente. A gente vira a chave, é um fator do jogo. Hoje não foi o que determinou, determinou de fato a apatia, o comportamento, que a gente teve. Na parte tática, eu não virei a parte tática de cabeça para baixo do primeiro para o segundo tempo. O que mudou foi a atitude. Precisa ter a atitude necessária, a vontade de vencer necessária, o respeito necessário para os adversários e principalmente com a gente mesmo e nossa torcida.

— Isso que a gente precisa fazer diferente contra o Vitória, não é a parte tática. A questão tática nesse sentido é a mais simples para resolver. As coisas são mais complexas. A gente precisa entregar mais e eu acredito que a gente vá mais. A gente está aprendendo a jogar de acordo com a grandeza do Vasco. Dos últimos jogos, hoje a gente teve uma queda e a gente precisa voltar logo.

Erros do Vasco

— Jogar com a bola, a gente não jogou mal em nenhum momento. Com a bola, a gente teve controle. O que a gente não teve foi contundência. O Palmeiras quando ia pressionar, a gente saiu limpo, quase todas as bolas chegando no ataque. No primeiro tempo não estava conseguindo terminar bem as jogadas. Nosso erro não foi isso, foi uma apatia muito grande para marcar um time que aqui dentro do Allianz, principalmente, é um time muito letal. É um time que faz transições muito rápido, é um time que joga um jogo mais alongado. Quando tem segunda bola os caras aceleram muito rápido. E a gente errou nisso que estava mapeado. Não foi surpresa, foi apatia, foi uma coisa que foi treinada, foi visto em vídeo e a gente mesmo assim ofereceu os gols pro Palmeiras, e eles foram muito letais.

Desordem após os gols

— O jogo estava equilibrado, a primeira chegada do Palmeiras foi o gol. O jogo voltou a ficar equilibrado, a segunda chegada do Palmeiras foi outro gol. E o terceiro, a mesma coisa. Não foi um jogo que o Palmeiras foi extremamente dominante, e o campo ficou inclinado, a gente foi lá pra trás, não foi isso que aconteceu. Eles foram muito eficientes, muito eficazes e a gente foi muito disperso e muito distraído. A gente errou coisas que a gente nem sonhou em errar contra o Bahia, contra o Cruzeiro, contra o Flamengo. A gente abriu o meio em muitas situações, a gente demorou pra fazer a recomposição... em um dos gols, a gente estava com a área mal preenchida. E isso aí determinou a nossa derrota, que foi uma vitória merecida do Palmeiras.

Matheus França e Cuesta

- A gente vai avaliar e pode ser que os dois tenham condição de jogar. O Matheus França tem mais chance. O Cuesta é um problema muscular que não preocupa muito a gente. Não vou criar expectativa que vai jogar, mas não vou arriscar. Ele ficou com o problema muscular, mas ficou um pouco ainda no campo. Não foi um problema que teve e saiu imediatamente. Ele fez um exame que acusou um problema que não sei ainda a dimensão, mas recebi comentários positivos. Acho que ele preocupa mais que o Matheus França para o jogo de domingo.

Fonte: ge