Payet presta depoimento e nega ter agredido amante
Sexta-feira, 25/04/2025 - 13:29
O jogador francês Dimitri Payet, do Vasco, prestou depoimento após as acusações de agressão protocoladas pela ex-amante, Larissa Ferrari, na DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e afirmou que a advogada queria seguir com a relação extraconjugal na França, país de origem do atleta.

A coluna Fabia Oliveira teve acesso com exclusividade ao relato de Payet. O jogador é casado há 18 anos e tem quatro filhos. No depoimento à polícia, ele confirmou que viveu um relacionamento com Larissa, mas negou que tenha agredido a advogada. Segundo ele, Larissa queria ser "bancada" como amante no país europeu. Ela nega.

Queria ir para a França

À polícia, o jogador afirmou que, depois que a relação chegou ao fim, "Larissa passou a manifestar o desejo de continuar a relação extraconjugal na França". Isso porque o contrato de Payet com o Vasco deverá ser encerrado em breve, fazendo o atleta regressar ao seu país natal.

Ainda segundo o meio-campista, a advogada propôs que Payet "arcasse com suas despesas" no país europeu. O jogador, por sua vez, negou essa possibilidade. Larissa, então, teria dito que iria "fazer uso de medicamentos para ansiedade". Após negar bancar a então amante na França, a relação esfriou e as mensagens diminuíram e eles pararam de se ver pessoalmente.

Em seu relato, o jogador afirmou que Larissa ameaçou expor os "segredos" dele em mensagens enviadas no dia 29 de março e que foi surpreendido ao ver a história ganhar repercussão na mídia após a advogada revelar a relação.

"Não é real"

À coluna Fabia Oliveira, Larissa Ferrari se pronunciou sobre o depoimento de Dimitri Payet e afirmou que não pediu para ser "bancada" na França. "Eu havia conversado com ele para sabermos como poderíamos fazer quando ele fosse embora, porque eu sempre gostei genuinamente e me preocupava com o nosso rompimento", disse.

"Mas não foi como ele alegou, como se eu quisesse que ele me bancasse para morar em outro país, isso não é real", garantiu a advogada.

Negou humilhações

No seu depoimento, Dimitri Payet negou que tenha submetido Larissa Ferrari a tratamento violento ou humilhante. Segundo ele, as práticas sadomasoquistas eram feitas "em comum acordo".

O jogador do Vasco revelou, ainda, o fetiche de transar com Larissa vestida de noiva. Assim, perguntou se ela ainda possuía o vestido usado em seu casamento. Em contrapartida, segundo o jogador, a advogada teria pedido que fosse "urinada" por ele.

Segundo o atleta, tal prática foi realizada "várias vezes" e, em janeiro de 2025, Larissa enviou a ele "um vídeo em que, espontaneamente, bebia sua própria urina e colocava sua cabeça no vaso sanitário". Ainda em seu relato, Payet afirma que a prática de beber urina "era comum entre o casal".

Agressões

Sobre as supostas agressões cometidas por ele contra a ex-amante, Dimitri Payet afirmou que, durante "a prática sexual, Larissa pedia que desferisse tapas em suas nádegas, que deixavam marcas".

Sobre as marcas nas pernas, o jogador afirmou que isso tem relação com os "locais onde ocorriam as práticas sexuais, como cadeiras", e que, por ela "ter a pele muito clara, qualquer pressão, mesmo que leve, já deixava alguma marca". Garantiu, ainda, que nunca agrediu a então amante.



Fonte: Coluna Fábia Oliveira - Metrópoles


Payet nega acusações de agressões contra advogada, e diz que supostas violências e humilhações sexuais eram consentidas



O jogador francês Dimitri Payet, do Vasco da Gama, confirmou à polícia que manteve um relacionamento extraconjugal com a advogada Larissa Natalya Ferrari. Em depoimento obtido pelo g1, ele negou as acusações de agressões física, moral, psicológica e sexual, e afirmou que tudo na relação entre os dois foi consensual.

O francês foi ouvido no dia 16 de abril na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, acompanhado de uma advogada e de um intérprete.

No relato, ele diz que os dois se aproximaram em agosto de 2024, depois que a catarinense, torcedora do Vasco, passou a segui-lo nas redes sociais.

Larissa diz sofrer de transtorno de personalidade Borderline, caracterizado por flutuações bruscas de humor e hipersensibilidade nas relações pessoais. Ela afirma que o jogador sabia da condição e se aproveitou disso.

"Dimitri sabia da minha paixão e de problemas psicológicos, usando isso contra mim. Dimitri me convenceu a colocar minha cabeça no lixo, no vaso sanitário, me fez tomar minha própria urina e outras bizarrices sexuais", contou a mulher.

Em seu depoimento, Payet admitiu as práticas e afirmou que eram consensuais e foram propostas por Larissa, que segundo ele nunca o contou que sofria de qualquer transtorno.

Em relação às supostas agressões relatadas pela advogada e aos hematomas apresentados em fotos anexadas ao inquérito (veja no fim da reportagem), o jogador afirmou que as marcas foram resultado de práticas consensuais durante relações sexuais.

Entre os episódios mencionados, o jogador afirmou que Larissa solicitava tapas durante o ato sexual, o que, segundo ele, teria ocasionado as marcas em seu corpo.

O jogador mencionou ainda que os dois utilizavam cadeiras de madeira durante as relações sexuais e que, devido à pele muito clara de Larissa, qualquer pressão, mesmo que leve, também resultava em marcas visíveis.

Com a proximidade do fim de seu contrato com o Vasco, no meio do ano, Payet relatou que a advogada sugeriu que os dois mantivessem o relacionamento na França, sob a condição de que ele custeasse todas as despesas — proposta que, segundo o jogador, foi recusada por ele.

O jogador é casado há 18 anos com uma francesa e tem quatro filhos.

A partir daí, segundo ele, o comportamento da advogada mudou e os dois não se encontraram mais.

Ele contou ainda que Larissa mandou mensagem no dia de seu aniversário, mas como ele não respondeu, teria dito que se ele não entrasse em contato em 4 horas iria expor os seus "segredos".

O jogador afirmou que, logo depois, foi surpreendido pelos registros de ocorrência feitos pela advogada, nos quais ele é acusado de violência.

"Eu sabia que ele negaria. Mas eu continuarei buscando a justiça, por mim e por todas que se calam diante de abusos. O dinheiro, a fama dele e o machismo não irão me calar", disse Larissa ao g1.

O g1 entrou em contato com a defesa de Payet e aguarda um posicionamento.

Veja abaixo imagens em que Larissa mostra marcas no corpo:











G1 Explica: ciclo do relacionamento abusivo


Fonte: g1